terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A gata grávida de Marilyn Monroe





A criatura mais fotografada do mundo, provavelmente, é Marilyn Monroe. Cinco décadas após sua morte, volta e meia aparecem registros inéditos. E isso que ela viveu muito antes das câmeras de celular. Dia desses pensei que nunca vira uma foto de Marilyn Monroe com um gato. Procurei em vários livros e nada, apelei ao santo google e apareceu uma: ela bem jovem segura um gato branco. E num livro folheado ao acaso encontro um trecho da relação íntima de Marylin com uma gata grávida. Está em Marilyn: A Única Estória Não Revelada, de Norman Rosten, escrito em 1973. O autor, que foi amigo da estrela nos últimos sete/oito anos de vida dela, traça um perfil carinhoso da amiga que gostava de escrever poesia. Abaixo está o trecho sobre a gata de Mailyn Monroe que era “castanha listrada” e, portanto, não a que aparece na foto.

Possuía uma linda gata castanha listrada, que se tornara inexplicavelmente prenhe num altíssimo apartamento de cidade (um romance de corredor?). Marilyn envolveu-se selvagemente com a gravidez, lendo a respeito, observando a gata, alimentando suas delicadezas, etc. Interromperia uma sessão de negócios ou uma tarde na cidade para chamar sua criada e saber da gata. Contava os dias, estudava todos os sinais, tornou-se nervosa quando o acontecimento se aproximava. Tinha uma caixa preparada com um delicado cobertor.  Nunca houve um pré-natal de gata mais mimado na história felina. Telefonava os boletins do dia: a gata parece bem, a gata parece estar respirando difícil, a gata não comeu muito, a gata parece apática ou amalucada. E todo o tempo imaginando como a querida gata ficara grávida, não era maravilhoso, os animais eram tão indefesos sexualmente, e o que eu achava? Pensava se aqueles gatinhos não chegassem logo, eu teria um telefone inscutável. E então, o dia D, o Parto, depois da meia-noite (mesmo como os gatos, parece) o telefone tocou, e sua voz ofegante:
- Estão chegando , os gatinhos! Depressa, traga um táxi! Fique bem anotado que representei a cena com calma masculina. – Chame um depois de mim, - respondi e desliguei mansamente, e então voltei a dormir.”

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